A Marvel é mundialmente conhecida por ter criado super-heróis icónicos, como Homem-Aranha, Capitão América, Wolverine e, claro, Deadpool — o mercenário tagarela que conquistou fãs com o seu humor ácido e comportamento imprevisível. Estes são originalmente representados nos famosos comics, no entanto, há também quem os desenhe no Japão, como é o caso deste Deadpool: Samurai.
Estes mangá de apenas dois volumes marca um encontro entre o estilo narrativo e visual dos mangás com o universo da Marvel, criando uma fusão cultural que resulta numa experiência tão única quanto caótica. Publicado pela Shonen Jump+, o mangá não apresenta apenas o herói para o público japonês, mas também coloca-o num mundo onde as regras do shonen misturam-se com o nonsense característico do anti-herói.
Deadpool: Samurai é um mangá escrito por Sanshirou Kasama e ilustrado por Hikaru Uesugi, o mangá leva-nos a uma viagem ao Japão com Wade Wilson, para fazer parte a uma equipa de super-heróis (uma versão local dos Vingadores) e enfrenta vilões que misturam a cultura pop japonesa com o caos típico do Deadpool.
O ponto mais forte da obra é, sem dúvida, o meta-humor do personagem Deadpool. Ele consegue sempre quebrar as regras e faz constantemente piadas sobre o próprio formato de mangá, dos clichês do género shonen e até sobre outros personagens da Marvel e da Shonen Jump (é verdade, quem ler o mangá vai ter uma bela surpresa). O resultado é uma leitura divertida e surpreendentemente autêntica, que respeita o espírito do personagem ao mesmo tempo que brinca com as convenções japonesas.
A arte de Uesugi é dinâmica, expressiva e consegue capturar as cenas de acção exageradas e as caretas de Deadpool de uma forma irreprencível. Há um equilíbrio entre o estilo mangá tradicional e os elementos visuais do universo Marvel, o que dá um charme único a esta obra de apenas dois volumes. Já em relação ao argumento de Deadpool Samuarai podemos dizer que é uma colagem de aventuras cómicas sem uma narrativa complexa.
No geral, Deadpool: Samurai é uma leitura leve, rápida e absurdamente divertida. Ideal para fãs do personagem e para quem gosta de mangás que não se levam a sério. É um crossover que poderia facilmente dar errado, mas que acerta em cheio pela irreverência e criatividade.
Escrito por: Fernando Ferreira