Uma vez que no Japão o mercado de banda desenhada é um verdadeiro mercado, de certa forma ultrapassando qualquer outro no mundo em produção, e tendo em conta o nível de literacia da população (quase 100%), o número e diversidade de publicações (2 biliões de exemplares e 265 títulos em 1995) e até a quantidade de páginas dessas mesmas publicações, será de esperar que haja uma complexa e estratificada divisão de públicos. Não significa isto que os públicos não se cruzem, como é óbvio, mas na sociedade nipónica, tal como em outras idênticas – a coreana, a taiwanesa – os papéis sociais e sexuais são muito mais claros à partida do que nas nossas sociedades aparente e hipocritamente igualitárias.
A divisão destes géneros não diz respeito apenas a temas ou tratamento de personagens (de comportamentos, emoções ou desejos), mas também uma linguagem bem especificada na arte e na composição das pranchas.
Há um manancial de temas que poderão ser discutidos na abordagem da manga e do anime como fenómenos sociais. Nessas abordagens, muitos novos ou estranhos termos surgem, sendo uns mais conhecidos do público português que outros. Assim sendo, apresentam-se aqui uma série de termos, uns gerais outros particulares, que poderão aparecer uma vez que se entra no mundo bedéfilo e animéfilo (que palavras!) do país do Sol Nascente.
Considerem este um glossário in progress, de forma alguma definitivo e completo, e para o qual as vossas contribuições serão mais que bem-vindas.
Amecomi – Tudo o que cai na categoria de banda desenhada ocidental, desde o Snoopy, os títulos da Disney até às edições mais alternativas de Marshall Law, de Kevin O’Neill. Não inclui as versões japonesas dos X-Men ou do Homem-Aranha. É de salintar que o público japonês tem a mesma atitude displicente para a com bd Euro-Americana que muitos de nós com a japonesa.
Angura – Presumo que se possa traduzir literalmente por “subterrâneo” (no sentido inglês de underground, alternativo). Termo aplicado aos trabalhos menos comerciais que começaram a surgir nos anos 60, pelos esforços como os da revista Garo.
Anime – Corruptela do inglês animation, referindo-se precisamente aos filmes de desenhos animados, sejam curtos ou longos, de televisão ou salas de cinema. Esta indústria em particular envergonha qualquer outra no planeta. Em japonês, os substantivos não têm género, logo faria mais sentido adoptar o género feminino em português de animação para este neologismo. Mas parece que o anime já é um hábito na nossa língua… Obrigatório é ler com um -e aberto, animé. E um plural deve ter um -s final: p.ex., “dois animes de Tezuka”.
Aniparo – A ideia original do género doujinshi. Aglutinação das palavras “Anime Parody”. Normalmente são pequenas histórias com caracteres de anime preferidos em situações cómicas ou então o uso dos personagens em universos alternativos (tempo e locais diferentes).
ASTRO Atom – Não é um termo, mas o nome da personagem criada por Osamu Tezuka, considerado o “Manga no Kamisma”, ou Deus da Manga. É de facto Ozamu o pai da manga moderna, do pós-guerra. Tetsuwan Atom – ou O Poderoso Átomo – começou a aparecer como uma personagem secundária de várias histórias, mas rapidamente ganhou sucesso como protagonista das suas aventuras, em 1951. No ocidente (isto é, através dos Estados Unidos e da série de animação nos anos 60) era conhecido como Astro Boy. Seja como for, Astro Boy pode ser considerado como um símbolo originário da manga moderna.
Baka – Um dos insultos mais ouvidos/lidas nos animes ou manga. Traduzindo a palavra à letra significa estúpido, imbecil ou parvo.
Bishounen – shounen significa rapaz, e bi bonito. É um termo, usado na vida real, mas sobretudo para identificar as personagens, todas com um ar de efebos anorécticos europeus e neo-nazis, olhos enormes e narizes aquilinos, que saltaricam pelas shoujo manga (V.).
Bunko – Livros de manga, mais pequenos que os tankobon (V.) e que reúnem normalmente colecções de clássicos. Também se referem a um formato de manga de má qualidade, barato, de impressão pobre, usualmente pornográfico.
Burusera – Uma palavra japonesa para indicar fetiche, as mais das vezes associados a uma inclinação sexual de preferência por raparigas de idade menor em uniformes escolares. Existem lojas dedicadas a este tipo de clientes… selectos.
-chan – Sufixo que designa “querida” ou “pequeninha”. O termo é usado de uma forma afectuosa e normalmente usada entre namorados, jovens femininas amigas, crianças ou pequenos animais. Também foi usado nos anos 80 para descrever as personagens “deformadas” normalmente conhecidas por SD (Super Deformed).
Chibi – Sabem quando uma personagem de uma manga com heróis adultos atravessa uma fase em que aparece como uma versão atarracada de si mesmo? Como se fosse uma caricatura dessa mesma personagem, precisamente para momentos cómicos numa história séria? Isso é um chibi.
Comicket – Contracção de Comic Market, referindo-se a uma feira que se apresent duas vezes por ano, durante dois dias cada edição. A oportunidade de ouro para os Dojinshika fazerem as vendas acalentadas durante tanto tempo…
Cosplay – Contracção de duas palavras inglesas Costume e Play. Refere-se à prática de vestir-se e representar como a sua personagem preferida, normalmente de anime ou manga.
Dojinshi – fanzines. Sim, também há por lá gente que prefere fotocópias e agrafos. Mas na verdade, refere-se a arte feita por fãs e depois compilada em livros. Alguns tornam-se artistas famosos mais tarde.
Dojinshika – artista de dojinshi.
Ecchi ou Etchi – Manga erótica, sereno e sem ser (muito) explícito. Normalmente, deixam-se pela esfera humana. No Japão, não se estabelecem diferenças entre este termo e hentai, ou seja, esta distinção é feita pelos ocidentais.
Gachapon – Pequeno e barato brinquedo que se vendem em máquinas na rua.
Gaijin – Estrangeiro. Nós. Os de narizes grandes e olhos demasiado abertos.
Gekiga – Apesar de ser um termo em desuso e que os jovens não reconhecem, significa isto literalmente “imagens dramáticas”, e que se refere a manga mais complexa e literária, para a distinguir de trabalhos mais comerciais. São distinções por vezes difíceis, tal como quando se usa graphic novel a um trabalho medíocre só porque tem a capa plastificada…
Gensaku-sha – O argumentista de manga. O que escreve as histórias.
Gomanism – Este neologismo aponta para uma atitude política (significa qualquer coisa como “princípios políticos” ou “filosofia” da “arrogância” ou, talvez, “orgulho”) de extrema-direita, que intenta em glorificar o papel do Japão (e os seus crimes de guerra e abusos) na II Guerra Mundial, retirar o Japão das Nações Unidas, retirar as tropas Norte Americanas do seu território, parar com as relações com esse país, e tornar a nação mais agressiva quer interna quer externamente. Nada disto nos interessaria à partida, não fosse este o título de uma série de manga de Yoshinori Kobayashi, que reescreve a história para essa reglorificação. Os seus defensores apontam para a sua nova consciência crítica perante uma série de assuntos (a SIDA, o ambiente, etc.) ainda que ele caia num simples orgulho mal-informado. Porém, tendo em conta a influência a que obras destas podem chegar, e a falta de discernimento e crítica das massas, é mesmo preocupante as atitudes de revisão histórica, cultural e social a que se entrega.
Hentai – Literalmente “pervertido”: um adjectivo que se refere quer às mangas ou animes pornográficos, sexualmente explícitos, e que usualmente representa fantasias estranhas, desde as mais simples de meninas com uniformes de escola até violentas representações de sexo entre mulheres e monstros do sub-espaço, ou plantas, ou a família, ou…chega?
Idoru – A corruptela do inglês idol. Apesar de se poder adaptar a muitas circunstâncias, está cada vez mais associado às personagens virtuais que pululam neste universo, sendo talvez Kyoko Date a mais famosa de todas.
Illuste-shoo – Shoo é “colecção”. Muitas ilustrações, sem narrativa, são publicados em álbuns faustosos e caros. (V. rakugaki).
Kaiju – Palavra japonesa para designar monstro. Kaiju eiga (filmes de monstros) são bastante populares no Japão. Apesar da palavra “yokai” também significar monstro, esta indica que é do tipo sobrenatural ou extraterrestre. Enquanto que o termo Kaiju é aplicado a um criatura “nascida” artificialmente ou deste mundo (como por exemplo, Gojira).
Kami-Shibai – Literalmente “teatros de papel”. Uma tradição antiga, praticamente desaparecida e percursora da manga, apesar de ser um meio diverso: um artista reunia crianças à volta dele e ia narrando uma história qualquer. Em vez de usar robertos, gestos ou palhaços, acompanhava-se de uns blocos gigantes de papel e desenhava as acções que narrava, com alguns sons de efeitos pelo meio. Muitos grandes autores começaram assim, como Goseki Kojima, de Lone Wolf and Cub.
Kakioroshi – Apesar dos Tankobon publicarem normalmente séries antes publicadas, acontece haver histórias estreadas em formato de livro. A essas histórias se refere este termo.
Kashibon-ya – Estas eram as bibliotecas muito em voga nos anos 50 e 60, que permitiam levar os livros para casa. Foram elas as grandes responsáveis pela literacia e o gosto moderno pela leitura da manga, assim como o meio de introdução aos grandes mestres modernos desta arte. Ainda hoje existem, mas o mercado tem outras soluções.
Kawaii – Apesar de não ser mais do que a versão no linguarejar moderno japonês de “giro” (em inglês, cute) e ser aplicável a tudo e mais um par de botas, é uma qualidade de muitos dos produtos de manga, anime e correlações inseparáveis do seu sucesso em todo o mundo. Quem resiste à Hello Kitty?
Kisekae – É muito simplesmente uma versão para computador dos antigos jogos de vestir bonecas de 2 dimensões com roupas variadas. Um preferido dos cultores de nijikon fetchi (V.), que preferem os jogos onde as meninas aparecem completamente despidas.
Kissa Manga – Cafés Manga, onde se pode beber um café, ou mesmo tomar uma refeição ligeira, ao mesmo tempo que se lê um dos milhares dos exemplares das bds encontrados nas estantes.
Ko-gal – Kokosei é “escola”, gal é a corruptela de girl, ko-gal é a abreviatura. Nada mais do que as meninas das escolas secundárias de uniforme… Porém, a sua inclusão aqui deve-se a uma série de razões: serem personagens ubíquas na manga, serem um esmagador público leitor e… para outros hentai que saibam porquê.
Koma – Vinheta. “Quadradinho” para os mais incultos.
Manga – É a designação japonesa para banda desenhada. Apesar do termo ser escrito em Katakana, isto é, o alfabético fonético que serve para passar dos ideogramas chineses (Kanji) para uma escrita japonesa (e assim se fez para evitar conotações negativas após a guerra Sino-Japonesa na passagem do século), era originariamente uma palavra japonesa apresentada por dois ideogramas que significam “brincalhão” e “imagem”. Literalmente, pode-se ainda traduzir por “imagens involuntárias”. Entende-se. Existe ainda o termo komikku, que não é mais que uma tradução do termo Americano comic, mas não pegou no público em geral. O que se disse sobre o género em português para anime vale aqui: logo, a manga. Obrigatório, ler com um -a aberto, mangá. E plural normal: p.ex., “duas mangas de Tezuka”.
Mangaka – Artista de manga. O desenhador.
Mecha – Toda a parafernália, desde veículos, armas, robots a computadores de pulso ou máquinas que fazem café no espaço e relógios falantes, etc., que fazem parte da mobília obrigatória da manga fantástica ou de ficção científica. De mecanic, claro. Rebuçados a quem adivinhar o número exacto de mecha em Ghost in the Shell.
Mook – Contracção de Magazine book, que publica texto acompanhados de fotos e ilustrações a cores (usualmente), com a particularidade do texto ser profusamente trabalhado a nível tipográfico.
Nijikon fetchi – Literalmente significa “fetiche bi-dimensional”, claramente a preferência por personagens irreais sobre as da vida real. Absorve também obviamente ídolos em 3-D como as personagens de Final Fantasy ou a ultra-divina-virtual Kyoko Date. Uma fonte deste fetiche é o jogo de Kisekae (V.) ou o famoso dating-game Toki-Meki.
Nimbo – Uma contracção entre Ninja e Bimbo, inglês para “boazona sem cérebro”. Típica de certas mangas, com artes marciais, sabres, nunchakkus e peito a mais onde tem roupa e intelecto a menos.
Otaku – Este é um termo difícil de explicitar por uma palavra. Literalmente significa qualquer coisa como “a sua casa”, um termo de respeito, não-familiar de tratar uma outra pessoa. Mas é tão desusado como o Vossa Mercê em português. Um novo uso apareceu por volta dos anos 80, então como termo pejorativo para definir aqueles fãs que se fecham às sete chaves, sem qualquer tipo de vida social, e obsessivo com qualquer coisa, as mais das vezes anime, manga ou jogos de computador (ou outra coisa qualquer). Todavia, note-se que esta opinião contraria a existência de um outro termo composto, otaku-zoku, ou “tribo” de otaku. É um facto social complexo, cuja definição que se apresenta é redutora, mas apenas é aqui incluída por pertencer à mesma esfera temática. O termo tornou-se ultra-popular graças ao anime Otaku no Vídeo (1982), da equipa do estúdio GAINAX. Existem vários termos associados para diferenciar as “espécies”, otaku isto, otaku aquilo…
Otonashi – Revistas para adultos (até aos 88, como a outra, ou mais).
Panchira – Os momentos em que as personagens femininas são colocadas em poses que nos permitem ver as cuecas delas. As mais das vezes, não contribui em nada para a história, mas é uma forma de ter leitores agarrados às páginas durante mais tempo (talvez com apenas uma mão…).
Rakugaki – É o mesmo que “rabiscos”, os desenhos que fazemos quase automaticamente quando falamos ao telefone ou na margem de cadernos da escola. Muitos artistas coleccionam os seus próprios desenhos inconsequentes para editá-los em livros, diferentemente dos Illust-shoo (V.), com obras acabadas.
Redizu – Revistas para mulheres (Redizu é a leitura em Japinglês de Ladies).
Renga – Apesar e se associar a um tipo de métrica na poesia, os Haiku no Renga, este termo separado e associado à manga refere-se a um tipo desta arte que utiliza menos texto, e experimenta mais com as imagens e os espaços, por vezes uma imagem por prancha (página).
Rensai manga – Nada mais do que uma série publicada numa revista em (perdoe-se o pleonasmo!) série.
Romaji – Além dos três alfabetos utilizados no Japão, é óbvio que uma vez que outra recorrem ao alfabeto ocidental, que é conhecido por este nome.
Roman book – Apesar deste ser um termo sob o copyright da editora Tokuma Shoten, refere-se a todos os livros que editam os stills de um anime como se fosse um livro de bd, e normalmente acompanhado por material adicional (ilustrações, rascunhos, estudos, fases da animação, entrevistas, etc.).
Rorikon – Corruptela da abreviação em inglês Loli-con, por sua vez de Lolita complex. Lolita, como saberão, é a púbere personagem feminina do romance homónimo de Vladimir Nabokov, pela qual se apaixona um adulto. No Japão, cobre todas as instâncias em que nas mangas ou nos animes, as personagens, rapariguinhas das escolas secundárias (V. ko-gal) são objecto de várias fantasias, desde simples panchira (V. estes termo) até bukkakke (se tiverem estômago, enviem um e-mail e explicaremos).
Seinen – São os rapazes com mais de 16 anos, e merecendo um tratamento mais adulto com as mangas que lhes são dirigidas, ou mais complexas ou simplesmente mais explícitas em violência e sexualidade. Literalmente, “jovem homem”.
Seinenshi – Revistas para os jovens indicados anteriormente.
Seiyuu – São os actores ou actrizes que dão as vozes aos personagens dos animes.
Sentai – Termo japonês para designar equipa ou esquadrão.
Shitajiki – Uma prancha dura, sobre a qual os artistas ou escritores trabalham, como apoio ao papel usado. Têm desenhos especiais e originais e são alvo da loucura pelas colecções dos otaku.
Shoujo-ai – Histórias sobre relações homossexuais entre raparigas, focando sobretudo os aspectos emocionais. Ai significa amor. Ver Yori.
Shoujo manga – Manga para raparigas (shoujo significa “jovem mulher”), temas oscilando entre histórias de amor entre adolescentes da escola secundária lindíssimos (V. bishounen) até equipas de fadas neo-góticas combatendo com os poderes das estrelas (ex: As Navegantes da Lua). Inclui exemplos híbridos como Banana Fish de Akimi Yoshida.
Shoujoshi – Revistas para rapariguinhas ainda mais novas que as shoujo.
Shounen-ai – Manga gay masculina, sobre as relações entre dois rapazes ou dois homens; mesmo que se representem actos sexuais, será de uma forma velada ou censurada (com manchas sobre ou obliteração da imagem). Ver Yaoi.
Shounen manga – Mangas dirigidas a um público masculino jovem, usualmente sobre desportos vários (Slam Dunk é talvez o mais famoso) ou aventuras de ficção científica, policiais ou até aventuras violentas irreais. Shounen é “rapaz” e há uma série de revistas com esta palavra, Shounen Jump, Shounen King, Shounen Gaho, Shounen Sunday, etc.
Shounenshi – Revistas para adolescentes, com menos de 16 anos.
Shunga – Blocos de madeira gravados do século XVII e XVIII, e que apresentavam representação explícitas dos actos sexuais, normalmente com os genitais aumentados até um ponto absurdo. Cópia da manga explícita contemporânea bebe dessa tradição.
Sutourii-man – “Mangas narrativas”, que apresentam histórias não só bem mais complexas na história como na gramática imagética, e em que se sublinha a importância da vinheta como dispositivo de fazer avançar, não a acção, que é muito mais importante na banda desenhada ocidental, mas a construção que o leitor faz da personagem (ou personagens): de facto, este é o forte da manga, em que as personagens são de facto tratadas como uma pessoa complexa, com todos os matizes variados que existem na condição humana, ao invés de serem apenas um veículo da história. Há excepções na BD ocidental, claro, veja-se Gasoline Alley, de Frank King. Mas, diga-se a verdade mesmo que se adorem os Mestres: de Corto Maltese a Spawn, estas são personagens que servem apenas para contar uma boa história (ou má), e ela mesma é secundária.
Tachiyomi – São os leitores que gostam de parar perto de um canto, sinal de tráfico, lojas de manga em frente das estantes (mas sem comprar nada) ou outro local público para ler em pé, o significado literal. As autoridades já tomaram providências…
Tankobon – Livros de bolso de manga, que reúnem uma determinada série. É o que se encontra maioritariamente nos Kissa Manga (v.).
Tokusatsu – Literalmente, “fotografia especial”, para nós efeitos especiais. Qualquer filme que faça uso profuso desses mesmos efeitos.
Yangushi – Outro termo para Seinenshi.
Yaoi – O mesmo que o shounen-ai, mas normalmente representando amiúde e explicitamente sexo. Literalmente é uma abreviação de yama nashi, ochi nashi, imi nashi que significa, mais ou menos, sem altos, sem razão, sem sentido. Estranhamente (ou não), é criado por e lido por mulheres.
Yonenshi – Revistas infantis
Yon-koma – Literalmente, “os quatro quadradinhos”, referindo-se às versões japonesas das tiras de bd, geralmente humorísticas.
Yuri – O mesmo que shoujo-ai, mas explícito. Esta distinção, mais uma vez, é feita sobretudo por ocidentais.
Youma – Termo usado para demónios ou entidades sobrenaturais com intenção maldosa. Em Bishoujo Senshi Sailor Moon eles aparecem bastante.
Escrito por: Pedro Moura e Fernando Ferreira