Falar de Five Star Stories (FSS) é falarmos de uma vida. Este manga é um dos mais complexos e mais longos publicados no Japão. Desde 1986 que este título é editado no mercado editorial japonês, a sua riqueza de detalhes e informações só é comparada ˆ obra-prima “O Senhor dos Aneis”. Tal como na trilogia de Tolkien, o enredo que o autor Mamoru Nagano cria para Five Star Stories é recheada de centenas de personagens, que povoam dezenas de mundos diferentes.
Five Star Stories começou a ser publicada em 1986 na revista NewType (considerada pelos fãs como a bíblia do anime). A história começa no ano de 2998, actualmente está no ano de 3530 e tem previsão para terminar no longínquo ano de 7770!
Nagano Mamoru, que ficou conhecido ao criar os personagens do anime Heavy Metal L-Gaim, em 1984, afirmou que FSS é o seu “Life Work”, ou seja vai passar o resto dos seus dias a desenhar e criar esta enorme saga. Normalmente, estes projectos enormes e “ambiciosos” tem uma equipa distribuída pelos várias fazes da criação de um manga, mas aqui é Mamoru que faz o trabalho todo, de uma maneira delicada e minuciosa. Durante 17 anos ele produziu milhares de páginas para contar esta enorme saga inter-planetária.
O mundo de Five Star Stories é formado por um conjunto de cinco planetas de quatro sistemas solares, conhecido como Jorker. Num universo com mais de 700 civilizações, Delta Belune governada pelo Imperador Amaterasu é a mais importante e a que se destaca pelo carácter histórico. Reza a história que o povo de Delta Belune esteve em guerra durante 1200 anos para conquistar o maior país de Jorker.
A principal arma de guerra de Jorker e indicador do poderio bélico de cada civilização são os robôs “MortalHead” que só a elite noblibiárquica tem acesso por serem extremamente caros. Poucas são as pessoas que conseguem comandar estes “MortalHead”, os eleitos é uma classe de cavaleiros que herdaram dos seus antepassados a habilidade para os comandar. Estes antepassados comandavam humanoides dotados de uma tecnologia avançada chamados Fátimas, e esta sabedoria foi transmitida para os actuais controladores dos “MortalHead”.
Estes “mechas” tem algumas caracteristicas particulares e sui generis. Uma delas é terem formas bastante femininas. Criadas pelos melhores especialistas de guerra, os “Fatima” são portadoras de habilidades superiores aos humanos: podem correr a mais de 200 km/h, o seu poder de cálculo é extremamente rápido e combatem mais que os próprios Knights. Devido a estas caracteristicas, os “Fatimas” são regidas por leis rigorosas, que as obrigam a obedecer os humanos, vestir roupas especiais e nunca demonstrar suas habilidades gratuitamente.
No início da saga de FSS, Ladious Sopp, que no futuro será o Imperador Amaterasu, tenta salvar os “Fatimas” Clotho e Atropos, de Bustogne, um rico proprietário de terras que quer tomar o poder da república de Tran, em Jorker. Na fuga, Sopp conhece Lanchesis, outra humanóide, e os dois acabam formando uma dupla para comandar um “MortalHead”. A partir daqui segue-se uma história ao longo de vários milénios…
Com um estilo de desenho bastante pormenorizado e com influência medieval, Mamoru Nagano desenvolve uma complicada e díficil história que é constantemente modificada pelo seu autor, que cria novos personagens e universos a cada episódio.
Em 1989, o sucesso desta obra levou os produtores a apostarem numa versão animada, isto para alcançar um maior nœmero de pessoas. A história foi simplificada, mas manteve a qualidade visual do manga. O “chara design” responsável pelo filme, Nobuteru Yuuki, teve a preocupação de manter o traço e estilo de Mamoru.
O sucesso do anime espalhou a história de Five Star Stories para fora do país do sol nascente, fazendo com aparecessem fãs por todo o mundo.
Escrito por: Fernando Ferreira
Silvio
Curto bastante essa obra,nunca li o manga,mas merecia mais temporadas. O gênero mecha é um dos meu preferidos e o designer do kingth Gold é o mais top dos mechas que conheço,até os Gundam ficam em 2° na minha opinião