Para muitos Tujiko Noriko é considerada a Bjork japonesa. A comparação feita por alguns críicos é injusta por diferentes motivos. Tujiko tem pouco de estrela comparando com a actual diva islandesa, está longe da sobre-exposição de caça talentos e a sua sonoridade tem poucos pontos em comum com o protagonismo vocal da autora de Human Behavior.

Hard ni sasete, (ou Make me Hard na versão inglesa) é o terceiro disco de Noriko com o selo Mego, uma raridade num catalogo habitado por artistas de sonoridades mais extremas da electrónica experimental.
A playlist hermética em japonês do álbum “Make me hard” esconde uma atitude mais íntima e próxima a uma pop de laptop. Não é intensão espantar o ouvinte, mas sim de o convidar para uma noite com uma rapariga de cidade, onde abundam as sonoridades pop.
Noriko demonstra uma atitude que a coloca, em relação ao pop japonês, assim como Scott Herren ocupa no hip-hop. Tujiko Noriko usa “modelos” antigos antes de criar novas estruturas, e constroe-as sem seguir instruções. Mas onde Prefuse 73 golpeia, Tujiko Noriko oferece uma caricia.
Hard ni sasete é crepuscular, calmo e inteligente. Um deleite exótico, artificial mas orgânico.
